Arquivo para agosto \15\-03:00 2011

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Do Design como tecnologia

Recentemente adquiri o livro (e já o li) “Alexandre Wollner e a formação do Design Moderno no Brasil” em uma promoção destas aleatórias da vida. Como estudante deste ofício (de 5º período) a busca por um entendimento do que “design gráfico” viria a ser, vem tomando um bocado de meus pensamentos, leituras e reflexões. Sei que não há definição satisfatória o bastante para design, pois ao tentarmos definí-lo, iríamos acabar caindo na velha armadilha que já ocorre com arte. Como definir arte? A mesma dificuldade é, definir design.

Por motivos lógicos e para evitar um post prolixo, irei focar no design gráfico.

Wollner certa ocasião, em um dos seus workshops, soltou a seguinte frase, mais ou menos assim (não lembro com tanta exatidão) – “O Design não tem compromisso em ser esteticamente belo e sim, tecnologicamente correto.” Não preciso dizer o quão polêmica essa frase é, tampouco teria bagagem suficiente para falsear tal afirmativa, mas poderia tecer algumas colocações a respeito.

Tendo em vista a relação e o entendimento de Wollner a respeito deste ofício, esta frase não seria tão polêmica. Irei tentar explicar o que entendi, quando Wollner proferiu tal sentença.

Para Wollner, design gráfico está intimamente ligado a tecnologia. Para ele o designer gráfico é um projetista preocupado com o todo. Por exemplo ter um “corel” ou “.ai” de uma logo não é design para Wollner.  Projetar uma logo isolada de seu sistema, função, conceito e aplicações técnicas funcionais – para Wollner – não seria considerado design, pois uma importante etapa do processo foi pulada.

É comum vermos diversas empresas ai, até algumas com uma quantidade de tempo razoável de mercado que ignoram para este processo. Muitos pedem pra “priminhos” executarem suas logos ou até mesmo os próprios chefes o fazem, sentam no computador, abrem o seu software favorito e executam a “logomarca” de suas empresas em 30 minutos.

Mediante a grande fatia do mercado que ignora completamente a função e a importância da construção de uma identidade visual funcional e completa, passo a entender melhor o que poderia ser considerado uma opinião “radical” do Wollner acerca de alguns aspectos do design gráfico.

Fácil seria culpar o mercado, mas temos que responsabilizar também, aos profissionais e aos que estão em processo de formação. Alguns deles não fazem a menor ideia do que fazem. Ignoram muitos aspectos de seu ofício contribuindo e muito para o não reconhecimento da profissão.

Prática comum no meio empresarial o viver constantemente no simulacro. Nada se pesquisa, tudo se “emula” ou “imagina.” Irei exemplificar.

Digamos que você tem uma empresa que está já a uns anos no mercado. Agora você quer abrir um novo ramo e atingir um novo mercado. Você sabe muito pouco do seu público alvo, apenas coisas bem genéricas como “São jovens” ou “Gostam de festa.” Você não faz a real noção de onde está pretendendo pisar, portanto para não arriscar uma quantia grande de dinheiro, o sensato a fazer seria uma pesquisa e levantamento de dados acerca do que pretende-se visar. Público alvo, gastos a longo prazo, planejamento a curto ou a longo (depende do projeto).

Não. Você se reune com seus sócios e alguns de seus funcionários e em uma tarde, resolve tudo. “Como devemos projetar essa interface? Aww, tipo, o cara quando entra qual a primeira coisa que vê? Esse botão, claro. Eu pelo menos todo site que vou sempre vejo isso de cara.” Esse tipo de comportamento “simulado” é um recurso útil, quando temos uma certa segurança acerca de algo ou quando precisamos cumprir prazos apertados. Acontece que tornar este tipo de ação prática predominante em sua empresa, especialmente a respeito de sua identidade visual corporativa, pode gerar problemas a curto ou a longo prazo.

Design gráfico e sua importância no âmbito empresarial, especialmente identidade visual, é algo subestimado e constantemente ignorado aqui no Brasil. A quem cabe conscientizar e tornar esta prática mais transparente e informativa? Nós, estudantes e formados. Apesar de ser exaustivo discutir e ter de explicar milhares de vezes a mesma coisa em alguns casos, creio eu que devemos fazer a nossa parte.

Próximo post irei aprofundar mais acerca de Wollner e meu entendimento do mesmo.




Aterro Sanitário

Lixo da Vez - Ronaldo o FENOMENO?!

Oi, queria agradecer ao espaço cedido pelo amigo e também entusiasta da copa, Bocadoogro.
Vocês sabem que eu sempre fui brasileiro desde que nasci no Brasil. Gosto muito do brasil e vou curtir muito assistir a copa do meu telão de cinema na minha casa lá na europa.

Mas vim aqui para um assunto mais importante. Essa palhaçada toda de protesto a respeito de usar dinheiro da copa para fazer hospital. Amigo, repito e disse, não se faz copa com hospital! Precisamos de estádio. Esse dinheiro que foi pro estádio não iria para hospital. Se não fosse pela copa o estádio nem o hospital existiria.

Vocês reclamam de hospital, não entendo! Sempre que fico gripado ou preciso de médico o Sírio-Libânes tá lá de boa. Não entendo essas reclamações. Neste ponto eu apoio meu amigo Pelé, grande sábio. Vamos esquecer essas bobeiras e focar na copa.

Grande abraço para vocês, do Ronaldinho Fenômeno.